“A república nasceu como um golpe de estado: pegar em armas contra um governo legalmente constituído, sequestrar o chefe de estado do país junto com sua família mantendo-os como reféns e sem julgamento algum os expulsa de sua pátria isso é de fato um golpe.
O império caiu no momento em que estava no ápice de sua popularidade especialmente vinda da abolição da escravidão. Para o povo acabar com a monarquia seria um atentado contra Dom Pedro II e contra a Redentora, a Princesa Isabel.
Não havia união nos objetivos republicanos. Não poderiam fazer um plebiscito porque sabiam que perderiam e suscitariam uma revolta popular, por isso o golpe se fez necessário e expulsaram a família imperial de madrugada.
Os republicanos queriam o poder, mas não tinham força para isso e precisaram buscar o apoio de um militar prestigiado, no caso, o Marechal Deodoro da Fonseca.
A república foi proclamada provisoriamente, aguardando um plebiscito, ou seja, uma votação popular na qual o povo decidiria a forma de governo. Porém, esse plebiscito só foi realizado após a Constituição de 1988, noventa e nove anos depois do golpe.”
Com uma parcela do exército insatisfeita, um grupo de fazendeiros revoltados com a Lei Áurea, meia dúzia de intelectuais republicanos positivistas e um Marechal com dor de cotovelo, assim surgiu a República dos Estados Unidos do Brazil, tão original quanto o nome.
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